sexta-feira, 22 de abril de 2022

CAPÍTULO I

    

Em 2014 fomos passar um mês em Xangai e eu lembro de ter dito: “Eu com certeza conseguiria morar aqui.” Cuidado com o que você joga para o universo. Antes mesmo de eu me mudar para a China, eu chorei. No dia que descobrimos, eu não conseguia acreditar que estaria indo morar tão longe da minha família e dos meus amigos. E ainda sendo uma recém mãe. Eu lembro de uma noite que liguei para minha irmã e só conseguia chorar, falei pro meu marido mil vezes que não iria. Mal eu sabia que uma pandemia mundial iria acontecer. Eu fui me adaptando com a ideia, até tentei aprender mandarim. Minha filha nasceu e eu corri para o Brasil, não sabendo quando todos iriam conhecer a Pippa. Voltando para casa eu tinha uma semana para me arrumar e me despedir do meu fiel companheiro, Mr. Darcy. Com a pandemia, as regras de trazê-lo mudaram e por alguma razão eu já sabia que isso iria acontecer muito antes de o mundo virar de cabeça para baixo. 

Chegar na China não foi fácil, foi um vôo de 24h sem poder sair do avião. Do aeroporto, pegamos um ônibus com pessoas vestidas de branco com fitas adesivas em azul. Tudo para não pegar o maldito vírus. Depois disso fizemos 3 semanas de quarentena, sem poder sair e sem poder abrir janelas.

Não foi fácil, porém depois de tudo isso veio a recompensa que tantas pessoas que moravam na China nos falavam. A “liberdade”. Era como se o mundo lá já estivesse como era antes, mas claro, tudo controlado. Sempre mostrando o código de saúde que temos que ter no celular em todos os lugares que íamos.

Passaram-se semanas, meses e nós finalmente criamos uma rotina. Atrevo a dizer que o ano passado (2021) foi um dos melhores da minha vida. Eu amei/amo morar na China. E apesar dos apesares eu sinto muita falta. Falta dos meus amigos, dos lugares que eu frequentava, da liberdade que minha bicicleta elétrica me dava. 

Estou escrevendo tudo isso porque eu preciso colocar para fora o segundo capítulo. Uma forma de mostrar que “Instagram não é real.” Há alguns dias atrás recebi uma mensagem: “Por onde andas? Eu amo acompanhar todos os lugares lindos que você vai.” Eu não fiquei chateada com a mensagem, mas comecei a pensar como realmente não dá pra saber nem um 1% do que se passa na vida de uma pessoa por aqui*. Então, vamos lá!



*Inicialmente esse texto foi postado no Instagram. O “aqui” se refere a isso.


domingo, 21 de abril de 2019

Pensando aqui como eu queria já te ter. Quem sabe Gaia ou Zula. Na chuva, no aeroporto, o que eu mais queria é ir pra casa nesse instante. Pensando como meu futuro pode ser, brilhante com pedrinhas de obstáculos. Tu pode vir com a mochila, com a mala ou sem nada mesmo. De dentro ou fora de mim. Mas como eu queria te ter. O tempo não me diz muito sobre ti, além de esperar. Eu posso começar meus cursos, me formar, realizar meu sonho, mas meu pensamento sempre estará em você. Como eu queria já te ter.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

me perdi na caminhada?

Gostava de ser curta, falar só com quem me interessava e olhar com cara de "e eu com isso".
No meio da caminhada precisava ser mais calma, madura diziam. "Talvez você devesse tentar primeiro".
Mas, no meio de tudo isso, será que eu me perdi?

sábado, 1 de dezembro de 2018

depois de um dia longo
por aí
que bom é chegar
nos teus braços assim

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bianca: O mundo está perdido.
Alex: É só encontrá-lo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A sensação de “é, acabou” me faz querer mais e não, obrigada. O querer mais, porque sinto falta das palavras, do carinho, das brigas e das risadas. E o não, obrigada de que você não era pra mim, você nunca foi pra mim, você nunca quis ser pra mim. Então, não, obrigada. Eu ainda quero, mas há um pedaço de mim que grita abafado: “pra quê?!” Por que eu iria querer alguém que não ama a si mesmo? Não nego, meu coração se parte ao saber disso, porém me consolo por saber que alguém vai concertá-lo, não sei como, nem aonde e muito menos quando. 

É, acabou.

O mundo não me entende e eu não entendo o mundo

O mundo não me entende e eu não entendo o mundo 
Ele me pede tantas coisas, como fazer alguém feliz 
Eu peço a ele a mesma coisa, que alguém me faça feliz 
Talvez eu esteja sendo egoísta, pedindo tudo em troca 
Sem ao menos pensar que o machucamos de tantas formas 

A vida me parece tão difícil 
Que às vezes é quase impossível de acreditar 
Que alguém ainda se importa 
Ela me quer bem e eu a quero bem, eu me importo 
Embora pareça que ela nunca acabe 
Pode ser que estamos no fim 
E pelo fato de ninguém se importar, ela segue, sem ao menos nos avisar

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Uma coisa eu aprendi com tudo isso, não importa quantas vezes você se apaixona o fim é sempre doloroso, mas quando você ama pela primeira vez... Ah, o fim te mata! Você me mata por dentro.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A vida sem você, resta o vácuo do meu declínio.
La vie sans vous, a laissé un vide de mon déclin.

domingo, 12 de julho de 2009

"Olha que coisa, odeio você também..."

sexta-feira, 29 de maio de 2009

São tantas promessas que deixamos passar e tantas batalhas que nos permite chorar. O mundo mudou, virou de cabeça para baixo. É como se todos estivessem esquecido o propósito de ser e estar aqui. Que a quantidade de notas que pode segurar, não é o suficiente. Imagine se ao mesmo tempo todos parassem, depois ficassem de luto pelo menos um minuto, o que pensaríamos? Por que o mundo não fala com nós, por que não grita dizendo que tudo isso machuca? A ganância, a inveja e tantas outras coisas que doem. Para chegarmos à vitória é realmente necessária uma luta – algo muito maior que não cabe em nossas mãos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Anestesia

Pouco ao pouco não tem como evitar. As semelhanças aparecem sem ao menos eu aceitar. Talvez a natureza que esteja errada ou o simples fato que nossos corações palpitam simultaneamente juntos. Que nossas entranhas martelam em nossos corpos, como o sangue que ainda corre quando não conseguimos dormir. Sou tua anestesia que faz a dor passar, pelo meu simples eu te amo, consigo ver que a palavra-remédio te faz respirar. Pensamento igual já não me surpreende, te faço rir por dentro ultimamente. Faço-te ficar brava, só para ver teu simples rosto de raiva. Assim, quando era pequena, brava com os lábios retorcidos e a testa tão branca que me fazia invejar. Pelas pimentinhas em sua face, que nem me importo mais se são tuas, porque parece que tudo que é meu é teu por obrigação, assim, o que é teu é meu - um argumento só para avisar. Eu sei que não sou o que queria que eu fosse, sei também que não sou o que todos queriam que eu fosse. Agradeça a mim por ter deixado o talento musical para ti, agradeça a mim por eu mandar muito em ti, assim, parece que cresce. Minha metade do coração da mãe, cresça do teu jeito. Deixe esse mundo para trás e nunca se esqueça que o mundo que virá será melhor. 

(Para minha irmã, Júlia Lazzaretti.)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Lazzaretti

(Música por A.L. dedicada a mim. Obrigada, amigo.) 

Foi foi foi foi foi você 
Que encontrei bem ali 
Mas não pude ver 

Só, depois de falar 
Que ela percebeu 
O desânimo em mim 

Não, tira essa tristeza 
Que a vida é bela 
Disse-me a princesa 

Sim, vamos correr; vamos cantar 
Que a vida sim vai melhorar 
Que a vida vai melhorar 

É, esse nosso país 
Toda essa injustiça 
Não tem como entender 

Mas ficaremos na fila até o fim 
De qualquer livraria 
Para ali comprar

Algum livro, alguma edição 
De algo que ja passou ou não 
Entre nossa televisão

domingo, 28 de setembro de 2008

Repito várias vezes: que cheiro, que cheiro e que cheiro.

O cheiro daquele dia durou semanas no meu pensamento. Era o aroma que surgia quando eu menos queria e quando eu mais te queria. O cinema foi um erro, talvez. Seu rosto no meu ombro, digo mais uma vez: que cheiro. Repito: que cheiro. Naquele minuto nada do que conhecíamos existia. Cegos, mudos e sem ar. Mas havia um sentido em tudo isso, talvez algo que só ela percebia: o cheiro que perseguia. Todos deveriam ser assim, um pouco natural e um pouco artificial. Umas gotas de perfume humano é sempre insubstituível. Nem perfumes de Paris ocupariam o lugar. Que bom que tudo passou, agora só sinto o cheiro da chuva. Droga, 'a chuva me traz lembranças de você.'